domingo, 11 de julho de 2010

Parabéns a Espanha e que 2014 seja melhor!



Um título que salvou a história da Copa do Mundo de 2010. Comparada à Copa de 90, a da África do Sul não entrou para história como a pior de todos os tempos, por pouco. Baixa média de gols, jogos que tinham tudo para serem bons, com um placar e um futebol abaixo da crítica. Os melhores jogadores, com pouco futebol no momento em que mais tinham que brilhar. De bom mesmo, só o prêmio para a melhor seleção do mundo há três anos, a España.


Nem de longe quero desmerecer a Holanda, que aliás, tem uma péssima sorte, sempre que chega em uma final de Copa do Mundo enfrenta a melhor seleção da competição. Sempre que falamos de Copa não dá para esquecer de Pelé, Beckenbauer, Maradona, Romário, Zidane e Ronaldo. Craques, que acima de tudo, decidem quando é preciso.


Não só isso, a Holanda tinha tudo para jogar muito mais. Antes da Copa, encantava com o toque de bola rápido, o ataque envolvente e jogadores que acima de tudo ganhavam na bola. Mas assim que a JABULANI rolou, tudo isso sumiu. O que apareceu foi que um time pior nos 90 minutos, conseguia o que queria: a vitória.

Dunga, nem é preciso falar. Não fosse um jogo, um gol contra, um bom jogador no banco, hoje, quem estaria sendo derrotado seria o Brasil.


Os deuses do futebol assim o quiseram. Brindaram o melhor time do Mundo, o Barcelona. História muito maior que enxergamos. Os catalães, que há muito tempo tentam ter sua própria seleção, podem comemorar, mesmo que travestidos com uniformes dos seu “inimigos”.

Sei que podem até ignorar, mas este título é, pelo menos 60% deles. O time do Barça forneceu para essa seleção, não apenas sete ou oito jogadores. Forneceu um esquema tático vencedor, jogadores acostumados com a glória e uma posse de bola que faz inveja a qualquer Parreira.

A "Furia" finalmente honrou sua camisa e levantou a taça mais importante do futebol. Seus jogadores habilidosos e confiantes em ter o melhor futebol, jogavam contra todos do mesmo jeito. Deixaram o medo para os adversários. Ninguém conseguiu, a não ser a sorte suíça, descobrir como jogar contra um time que não te deixa encostar na bola. Não é normal um time ter como média de posse de bola, aproximadamente 65%. É muito difícil jogar sem a bola nos pés. Até mesmo a pragmática Alemanha não conseguiu mostrar coragem perante a Espanha. Jogaram com medo, sem atacar, mesmo com Müller suspenso, tinham que tentar, era a única esperança de vitória.


Parabéns Espanha, nada mais merecido para os jogadores que tem, e para o jeito que jogou cada minuto. Desculpe Holanda, mas se não aprender como se ganha uma Copa do Mundo, tente aprender, ainda faltam quatro anos para a próxima.

Aos alemães, valeu muito encantar e fazer todos que gostam de futebol parar tudo que tinham para fazer para assistí-los. E ao Uruguai... Obrigado por salvar o futebol sul-americano de um vexame e por mostrar que não só de toque de bola o futebol vive. A raça, a garra e força de vontade iguala tudo.




Copa do Mundo, nos vemos, em 2014, no Brasil e, se Deus quiser e permitir, o Brasil jogando como a Alemanha de 2010 e ganhando como a Espanha.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Futebol é justo sim Sr.

O Dunga quase ficou gravado na história como o capitão de 1994, apagando assim o jogador mediano que sempre foi. Agradeço a Deus e ao Ricardo Teixeira por ter dado a chance de ser o técnico do Brasil nessa Copa do Mundo.


Como diz Muricy Ramalho, a bola pune e não perdoa quem é fraco!


O Sr. Dunga, técnico da seleção levou 11 jogadores capazes de ganhar uma Copa. Foi a escolha dele. Enquanto o país inteiro clamava por Paulo Henrique Ganso, Neymar e Ronaldinho, ele preferiu levar Josué, Gilberto e Júlio Baptista, para não falar do Doni. Podia montar uma seleção de 23 jogadores, mas escolheu uma de 11, bem feito.


Não dava para falar que foi burro, já que ele mesmo afirmava: “Prefiro levar quem eu confio. Já que se perder a culpa será minha.” Morreu pela boca, fez por onde, provocou, falou que se fosse para perder perderia com quem ele confiava e assim foi.


No jogo que acabou a Copa para nós brasileiros, Dunga perdeu por não ter como mudar o jeito do time jogar. Kaká que não pode ser culpado dos erros grotescos de Felipe Melo estava mal na partida, mas fazer o que se no banco só tinha o Júlio Baptista para entrar. O negócio era continuar com aqueles que não desconfiávamos.


Finalmente temos a chance de culpá-lo sem ter que escutar palavrões em coletiva de imprensa, xingamentos ofensivos a um mero repórter. A história foi corrigida, ninguém precisa lembrar do Dunga campeão do mundo em 1994, podemos lembrar dele como o culpado do fracasso brasileiro de 2010. Grave essa imagem na sua memória.